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Separando o joio do trigo

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Por Dr. José Barreto dos Santos/Zeca Prezados Docentes... Quero através deste pequeno texto, tecer uma proposta crítica, para juntos refletirmos, onde e como separar o “ joio do trigo ”, com o propósito de consubstanciarmos a construção de um lugar autônomo e democrático, utilizando o símbolo do “ joio ”, designado na ciência Botânica como as plantas do gênero Lolium, da família das gramíneas, cujas espécies são conhecidas pelos frutos infestados por fungos, que prejudicam as plantações. Assim, o “ joio ” pode prejudicar ou corromper aqueles que o cercam de acordo com o Dicionário UOL - Online de Português . É nesta perspectiva que convido, para navegarmos pela história, procurando dialeticamente entendermos, primeiramente que o “ joio sem o trigo ”, um não existiria sem outro. Daí a necessidade para construção de um ou do outro passar necessariamente pelo que entendemos como o processo de produção da existência humana, porque o ser humano vai se modificando e, alterando aquilo que é

Manifestação de apoio à ADUEMS

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Por Marlon Leal Rodrigues* Caros Colegas, Como vão? Há um movimento legítimo de esvaziamento da ADUEMS, no entanto, acredito que o movimento deve ser o contrário, devemos fortalecer a ADUEMS em sua representatividade para que possamos discutir suas contradições e fazer a luta avançar com pautas que possa animar não apenas a luta, mas sobretudo apontar rumos, animar a luta para reconquistar nossas perdas e alternativas para superar o momento de crise pelo qual passamos. Gostaria de lembrar uma das reflexões Ciro Gomes em relação aos bolsonaristas. Ele diz que 70% dos que voltaram no atual presidente não podem ser todos fascistas, todos de má fé ou mesmo propagadores de ódio, pois foram estes 70% que estavam apoiando o governo do Partidos dos Trabalhadores que representava uma frente popular no momento anterior. Não é sem propósito que o atual presidente está perdendo sistematicamente adeptos em diversas categorias e classes sociais. Segundo Ciro Gomes, nossa objetivo deve ser o de dialo

Prezados trabalhadores do ensino superior... unamo-nos!

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Por José Barreto dos Santos * Quero manifestar minha preocupação no trato do volver o sindicato e a universidade pública , principalmente no momento delicado que o País atravessa, tanto pelas questões na área de saúde pública, quanto pelas situações socioeconômicas, que ora assolam as instituições como um todo.  Neste cenário acreditamos que podemos contribuir cientificamente, porque não tenho dúvida que, caso os encaminhamentos continuem negligenciando a História e a Filosofia, com certeza, não há avanços para pensarmos criticamente o Sindicato e, muito menos, a Universidade. Pois bem, quando olhamos para a história dos sindicatos, percebemos que os mesmos se fundem com a maioria dos trabalhadores em torno das lutas de classes. Sem perder o sentido temporal, é importante lembrar das conquistas em torno dos direitos trabalhistas, principalmente a partir da Revolução Industrial, período sofrível pelas péssimas condições de vida e do trabalho fabril.  É importante salientar que no séc

A evasão e a questão econômica

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Por Marcelo Batarce* O conto de Michael Saltykov, inspirado na sociedade russa do século XIX, mostra a alienação de dois funcionários públicos que subitamente acordam perdidos em uma ilha. Incapazes de qualquer coisa depois de tantos anos vivendo em uma repartição pública descobrem que “[o] alimento humano, em sua forma original, voa, nada e cresce em árvores", diante do que um deles pergunta: “quem teria pensado nisso, hein, Excelência?” (pg. 97). Qual seria o análogo destes personagens na academia dos dias de hoje? Não seriam justamente aqueles que insistem em desconsiderar a lógica do mercado para entender a realidade pela qual passa a universidade e entoar chavões em defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade, sem que nenhum destes três qualitativos tenham sentido claro? Deixando de lado o debate sobre o “público” e a “qualidade”, vamos focar na questão econômica. Enquanto a direita reproduz de modo simplista e conveniente o fato de que não há nada gratuito, a esq

PROFESSOR, SUA PROFISSÃO ESTÁ POR UM FIO: A REFORMA ADMINISTRATIVA VAI DESTRUIR A CARREIRA DOCENTE E A LIBERDADE DE ENSINO

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  Por Volmir Cardoso Pereira [1]   Comecemos com um exercício de imaginação a partir do que está sendo proposto na PEC 32/2020, a tal “Reforma Administrativa” [2] . 1. Imaginem escolas e universidades com pouquíssimos professores concursados e a grande maioria de professores com contratos temporários. 2. Imaginem agora que os professores que passaram nos concursos que ainda restavam não têm mais nenhuma estabilidade e podem perder o cargo se houver qualquer “interesse da administração pública” que justifique isso. Ou se o governante simplesmente disser que é preciso apertar o cinto, porque as contas públicas estão ruins. 3. Imaginem professores descontentes fazendo greve por conta do fim de seu plano de cargos e carreiras e por estarem sofrendo cortes salariais ano a ano, tudo amparado pela Constituição Federal e suas Emendas remendadas (essa é mais fácil de imaginar, porque já está acontecendo). 4. Imaginem professores contratados para substituir os professores grevistas,

BEM-VINDOS AO FÓRUM ADUEMS!

 Olá, pessoal. Esse blog é um espaço de discussões sobre universidade pública, política e sociedade. Nós, professores universitários sindicalizados, precisamos nos mobilizar coletivamente para defender nossos direitos e também para contribuir com o debate público sobre as questões que envolvem a universidade pública brasileira em relação aos graves problemas políticos e sociais que hoje assolam o nosso país. Assim, pensar a universidade pública, em especial a nossa UEMS, é tarefa de todos nós, pois o nosso trabalho é fundamentalmente uma atividade intelectual e os nossos esforços enquanto professores e pesquisadores necessitam ser canalizados para pensar criticamente o que produzimos dentro e fora dos muros da universidade. A formação de quadros intelectuais para a sociedade, e não apenas para o mercado, é o objetivo da universidade pública. É nosso dever discutir os objetivos e as normas que dão sentido ao nosso trabalho, contribuindo para que a UEMS aprofunde processos de inclusão so